Nesta quinta-feira, 19 de junho, a cidade de Campo do Brito, em Sergipe, amanheceu envolvida por fé, cores e tradição. Desde as primeiras horas da madrugada, por volta das 3h30, fiéis ocuparam a Praça Boa Hora para confeccionar os tradicionais tapetes de Corpus Christi, um costume anual que emociona e une a comunidade católica local.
Mesmo diante de momentos de chuva forte, os devotos mantiveram-se firmes em sua missão. A dedicação foi recompensada com um tapete de 1.400 metros de extensão, cuidadosamente elaborado com desenhos que remetem à Eucaristia — símbolo central das celebrações de Corpus Christi na Igreja Católica. O comprimento ficou um pouco abaixo do registrado no ano passado, quando o tapete alcançou 1.500 metros.
A tradição, que já conta com mais de uma década de registros, tem ganhado força a cada ano. Em 2014, por exemplo, o tapete tinha apenas 300 metros. Desde então, o envolvimento da comunidade aumentou progressivamente, chegando a 1.600 metros em 2022, o maior já registrado. Os demais anos também refletem essa tradição: 800m (2015), 1000m (2016), 1300m (2017), 1300m (2018), 1600m (2022), 1400m (2023) e 1500m (2024).
Mais que uma preparação para a passagem da procissão, os tapetes se tornaram uma expressão artística de fé, dedicação e união da população de Campo do Brito. Cada detalhe é pensado para exaltar a espiritualidade e celebrar a presença do sagrado no cotidiano das pessoas.