Em comunicado emitido hoje, a Petrobras anunciou que não recebeu uma quantia de US$ 296 milhões (aproximadamente R$ 1,4 bilhão) proveniente da Carmo Energy e sua controladora Cobra Instalaciones y Servicios, S.A., relacionada à transação de venda do Polo Carmópolis, localizado em Sergipe.
Segundo a estatal, o pagamento estava programado para até o dia 20 de dezembro, porém não foi efetuado dentro do prazo estabelecido.
O Polo Carmópolis abrange 11 concessões de campos terrestres de produção de óleo e gás, com instalações integradas, e o montante total da venda foi de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,3 bilhões).
A Petrobras esclareceu que do valor acordado, “US$ 275 milhões foram pagos como sinal; US$ 548 milhões foram quitados em 20/12/2022, data de conclusão da transação considerando os ajustes necessários; e US$ 296 milhões deveriam ter sido liquidados em 20/12/2023, já incluindo os devidos ajustes”.
A empresa afirmou que tomará as medidas contratuais e legais necessárias para recuperar os valores pendentes.
Polo Carmópolis
O Polo Carmópolis, situado em Sergipe, representa não apenas o maior campo terrestre do Brasil, mas também o mais antigo no estado, com sua produção iniciada em 1963. Este complexo abrange os campos Carmópolis, Aguilhada, Angelim, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Castanhal, Ilha Pequena, Mato Grosso, Riachuelo e Siririzinho.
Além das concessões desses 11 campos terrestres, o polo engloba uma infraestrutura completa para o processamento, escoamento, armazenamento e transporte de petróleo e gás natural. Destaca-se também a inclusão do Polo Atalaia, que abriga o Terminal Aquaviário de Aracaju (Tecarmo), e o oleoduto Bonsucesso-Atalaia, responsável pelo transporte da produção de óleo de Carmópolis até o Tecarmo.