O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), deflagrou a Operação Underground, na manhã desta quinta-feira (11). Com a participação de equipes das polícias Civil e Militar e também da Secretaria da Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor (Sejuc), o objetivo da operação foi o de desarticular uma organização criminosa responsável pela comercialização ilegal de armas de fogo, munições e acessórios. Até o momento, quatro investigados foram presos e dois morreram em confronto com as equipes policiais. Seis armas de fogo foram apreendidas.
A Operação Underground ocorre nas cidades Aracaju, Itabaiana, Ribeirópolis; Aparecida, Canindé de São Francisco, Areia Branca, Neópolis e Ibotirama/BA.
De acordo com as informações policiais, as investigações se iniciaram no dia 29 de agosto de 2022, quando policiais civis do Cope prenderam em flagrante Tiago Santos Silva, investigado por tráfico de drogas e homicídio.
Na investigação, foi identificado que o investigado Tiago operava um esquema criminoso, chefiado por Wilton Nogueira, conhecido como “Boy de Itabaiana”, comercializando – ilegalmente e em larga escala – armas de fogo, munições e acessórios. Verificou-se também que o grupo tinha forte atuação em Sergipe, Alagoas e Bahia, além de outros estados.
Conforme a apuração policial, o grupo fazia uso de armamento de grosso calibre, arregimentando servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.
Segundo a investigação, os “anúncios” e “comercialização” dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo de mensagens WhatsApp, com troca de mensagens, imagens e vídeos dos objetos, negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.
Ainda de acordo com a apuração policial, um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados cooptavam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.
O nome da Operação, Underground, refere-se ao submundo do crime, remetendo a um grupo que atua fora da ordem ideológica, econômica, política e legal que constitui uma sociedade ou um Estado.
Participaram da operação equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), Departamento de Narcóticos (Denarc), Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) e Depatri de Itabaiana e Estância, Delegacia Regional de Lagarto, Delegacia Regional de Glória, Delegacias de Ribeirópolis, Canindé e Moita Bonita, Batalhão de Caatinga (BPCaatinga), Comando de Operações Especiais (COE/BA), Departamento do Sistema Prisional (Desipe), Grupo de Operações Penitenciárias (Gope).