“Todo poder emana do povo”, foi a frase falada pelos presentes no fim da votação, nessa terça-feira, dia 01, do projeto de lei 02/2016 que estabelecia os subsídios do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários, de Campo do Brito, para o período de 2017 a 2020.
Após correntes em redes sociais pedindo para barrar o projeto que vinha sendo visto como uma afronta ao município, devido aos constantes atrasos de salários de vários servidores públicos e péssimas condições na saúde e segurança pública, populares lotaram o auditório da câmara de vereadores de Campo do Brito.
A sessão que começou com um atraso, teve duração de quase 3 horas, contou com bastante discursos e debates dos vereadores, alguns a favor e outros contra, uns mais exaltados. Vaias e aplausos das pessoas presentes, cartazes com o texto “Projeto Legal, Porém Imoral” e “Servidor s/Salário”.
Apesar de alguns vereadores discursarem, informando que o projeto permanecia os mesmos valores aprovado no projeto de 2012, a redação do projeto informava ao contrário. No projeto aprovado em 2012, os valores para os subsídios eram: Prefeito, R$ 24.050,80; Vice-prefeito, R$ 16.033,86; Vereador e Secretários, R$ 6.012,70. Já o projeto 02/2016, que fixaria os subsídios para o período de 2017 a 2020, os valores eram: Prefeito, R$ 24.050,80; Vice-prefeito, R$ 16.033,86; Vereador, R$ 7.596,67; Secretários, R$ 6.012,70.
As diferentes interpretações do projeto, entre os vereadores, fizeram com que durante a votação, o vereador João Batista Santos, pedisse vista do projeto e com isso a votação seria adiada para uma melhor análise. A decisão, gerou revolta dos presentes, pois muitos alegaram ser uma manobra para adiar a votação, visto que, cinco vereadores já haviam declarado serem contra o projeto.
Após reunião entre alguns vereadores, o polêmico projeto foi colocado em votação, e para a surpresa e comemoração dos presentes, reprovado por unanimidade, na sessão ordinária e extraordinária.
Com a reprovação do projeto 02/2016, os valores permaneceram os aprovados no projeto vigente, aprovado em 2012.
Estiveram presente na sessão, 9 dos 11 vereadores. Os sindicatos SINTESE e SindiBrito, que eram contra o projeto, também estiveram presente.