Ao receberem o salário de maio, os professores de Campo do Brito e Pirambu tiveram mais uma péssima surpresa. De forma arbitrária, as prefeituras cortaram os salários do magistério com a justificativa dos dias de greve.
Mesmo os educadores das duas cidades tendo retornado as aulas logo após decisão judicial que decretou a greve ilegal, as prefeituras penalizaram os educadores com cortes salariais que variam entre R$800 e R$1500. Em Campo do Brito, foram descontados os 23 dias de greve, ou seja, mais de um terço dos salários foram cortados.
Com corte de salário, ano letivo não termina
Não há nenhuma preocupação com os estudantes, pois caso os valores descontados não sejam devolvidos os professores não se responsabilizarão em repor as aulas não ministradas durante o período grevista, inviabilizando assim o término do ano letivo.
Nas duas cidades, o SINTESE buscou contato com as administrações municipais, em Campo do Brito, o prefeito apresentou uma proposta que será avaliada pela categoria. Já em Pirambu ainda não há resposta sobre a devolução. O sindicato realizará assembleias nas duas cidades para deliberar encaminhamentos de luta.
Atraso nos salários
Pirambu e Campo do Brito estão entre os municípios que atrasam e/ou parcelam pagamentos dos salários. Na cidade do Agreste, os professores receberam os salários de maio dia 11 e em Pirambu somente hoje (16) é que o magistério recebeu salários e ainda vieram com corte.
“É um cenário de desrespeito aos direitos dos professores. As administrações municipais usam o discurso da crise, mas o que temos visto ao analisar as prestações de contas são omissões de receitas e mau uso dos recursos da Educação”, aponta Ivonete Cruz, presidenta do SINTESE.
*Ascom Sintese