No início do mês de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou o resultado nacional do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRA), onde 157 municípios brasileiros foram considerados em situação de risco para a doença e 525 em alerta. Em Sergipe, dos 75 municípios, 12 municípios no Estado estão no grupo em situação de alto risco epidêmico e 24 apresentaram um grau médio de risco e mais 9 municípios, baixo risco de epidemia.
Os considerados de alto risco são: Riachuelo, Monte Alegre, Simão Dias, Nossa Senhora das Dores, Tomar do Geru, Boquim, Pedrinhas, São Domingos, Itabaianinha, Areia Branca, Carira e Capela.
Já os de médio risco são: Frei Paulo, Maruim, Porto da Folha, Salgado, Carmópolis, Malhador, Tobias Barreto, Lagarto, Laranjeiras, Itabaiana, São Cristóvão, Japaratuba, Santo Amaro das Brotas, Umbaúba, Propriá, Aquidabã, Barra dos Coqueiros, Poço Verde, Cedro de São João, Campo do Brito, Ribeirópolis, Poço Redondo, Rosário do Catete e Aracaju.
Os municípios que têm baixo risco de epidemia são: Itaporanga D’Ajuda, Moita Bonita, Estância, Canindé do São Francisco, Nossa Senhora do Socorro, Neópolis, Cristinápolis, Nossa Senhora da Glória e Pirambu.
No ano passado, dos municípios que mais notificaram casos suspeitos de Dengue, está Aracaju, com o maior número de casos, sendo 844 notificações e 257 casos confirmados (30,4% do total), mas, proporcionalmente, Carira é o município com o maior número de confirmação: dos 92 casos notificados, 29 foram confirmados (31,5% do total).
“Quando o gestor sanitário vê qualquer ameaça de epidemia, é preciso ficar muito atento para que condições sejam criadas para garantir e manter a assistência à população. Temos alguns grandes eventos se aproximando, a exemplo do Pré-Caju e Carnaval, onde Sergipe recebe uma população flutuante, o que acresce o número de atendimentos no Estado. Sergipe tem que estar sempre preparado”, explica Joélia Silva Santos, secretária de Estado da Saúde.
“Aqui na capital, já com o anúncio da paralisação dos agentes de endemias e comunitários de saúde, nossa Brigada Itinerante e os Carros Fumacê começaram a se preparar ainda mais para não deixarmos a população de Aracaju desassistida”, destaca a secretária.
Até novembro de 2013, os agentes da Brigada Itinerante da SES visitaram 13.530 terrenos baldios nos 60 municípios por onde passaram. Durante a ação, é feita a busca de possíveis criadouros e a eliminação dos focos.
“Além da atenção dentro de casa, toda a população de Sergipe tem que fazer a sua parte e ficar atenta aos possíveis focos. É preciso evitar o descarte indevido do lixo nos terrenos baldios e canais próximos às residências. É fundamental evitar acúmulo de água parada em locais como pneus, garrafas e fazer a limpeza correta dos ambientes. O risco de uma epidemia de Dengue existe, mas podemos evitar. Vale o alerta também aos gestores municipais para que intensifiquem ações junto à população para se ter o controle do mosquito que causa a Dengue, cuidando dos ambientes públicos, fazendo o recolhimento de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios”, alerta Joélia Silva.
A secretária de Estado da Saúde aponta, ainda, quanto aos primeiros sintomas da dengue. Ao ter febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos, a pessoa deve imediatamente procurar o serviço de saúde mais próximo e nunca fazer a automedicação. “As pessoas com suspeita de dengue devem procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e ingerir bastante líquido. Após ser diagnosticado, o paciente deve ficar atento para os sinais de alerta como dor abdominal intensa, desmaio, vômitos frequentes e sangramentos volumosos. Estes sintomas apontam para o tipo grave da doença e o paciente deve procurar um serviço de urgência”, orienta Joélia Silva.